quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Por que ler?

 Ler. Parece algo muito chato, não é mesmo? Mas olhando por outros lados, ler pode ser algo maravilhoso. Ler é mágico.
 Sou uma pessoa apaixonada por leitura e por ter livros, aquela sensação de que um livro novinho é somente meu e que eu vou poder sentir o cheirinho das páginas todas as vezes que eu bem quiser. Passar horas lendo, ocupando a minha mente com um mundo diferente do qual eu vivo, ou talvez parecido, mas onde eu posso imaginar as coisas e ninguém pode controlar o que eu imagino. 
 Não sei bem como explicar o prazer pela leitura. Ler é sentir, imaginar, viajar, amar.
 Um livro pode ser a melhor companhia de uma tarde solitária de domingo. Pode ser a melhor coisa numa semana que você precisa de um ombro amigo e pode ser seu refúgio e o que você tem para compartilhar uma alegria.
 Pode parecer chato. Mas acredite, não é!
 Comece lendo livros que sejam do seu interesse, um que aborde o que você gosta. Às vezes uma poesia, uma crônica em uma coluna daquela revista encostada no canto da sala pode acender a chama da paixão pela leitura.
 Embarque em um mundo mágico que só a leitura nos proporciona.

''A última crônica''

Também trabalhamos crônicas. A professora de Língua Portuguesa nos ensinou a estrutura da crônica, a diferença entre uma crônica e uma notícia e tivemos a oportunidade de ir até o laboratório de informática para lermos algumas crônicas.
 Gostei muito de uma crônica de Fernando Sabino, que se chama ‘’A última crônica’’.
  Confira:

''A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.''


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Palestinos X Israelenses

 Após orientações da professora de história, foi solicitada uma pesquisa com relação ao conteúdo abordado no livro ''Uma garrafa no mar de gaza'' que é o livro que estamos trabalhando na última etapa desse ano letivo. 
 
 Montei uma apresentação online em um site indicado pela professora (o prezi). Clique aqui para ver a apresentação. 

Trabalho com o livro ''Todos contra Dante''





 Nós alunos das 8ªs séries trabalhamos com o livro ''Todos contra Dante'' do autor Luis Dill. Através de orientações da professora de Língua Portuguesa, juntamente com a professora de História, os alunos em grupos deveriam criar uma campanha contra o bullying, charges e tirinhas referentes aos temas. 
 Confira como meu trabalho ficou finalizado: 





Tirinha
Charge.





Poesia II

 Retornamos novamente à biblioteca para continuarmos com os poemas. Desta vez a minha escolha foi um poema de Vinicius de Moraes


Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento 

Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento. 

E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 

Eu posso me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 


Um amor, onde milhares de sentimentos estão envolvidos, onde as palavras são tão sinceras ao ponto de não haver o que as defina. E um amor é eterno em cada instante que durar. E ''Soneto de Fidelidade'' é um poema que trago em meu coração por ter me cativado em casa verso.


 Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de Ipanema", feita em parceria com Antonio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Foi também diplomata e dramaturgo.

I Poesia

 Em Língua Portuguesa, estamos trabalhando com poesia. Fomos até à biblioteca para lermos alguns poemas e deveríamos selecionar um que nos tenha chamado atenção para aqui publicar. 
 Em particular, sou uma pessoa que gosta muito de poesias. Após ler várias (e ter me identificado com a maioria delas), escolhi uma de Cecília Meireles. 


II 

''Não sejas o de hoje. 
Não suspire por ontens... 
Não queiras ser o de amanhã. 
 Faze-te sem limites no tempo. 
 Vê a tua vida em todas as origens. 
 Em todas as existências. 
 Em todas as mortes. 
E sabe que serás assim para sempre. 
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue: 
É a passagem que se continua. 
É a tua eternidade... 
É a eternidade. 
 És tu.''

(presente no livro ''Cânticos'') 



Neste poema podemos notar a singela mensagem de que não devemos apressar a vida ou mudar o que já está proposto nela. Devemos ser leves e saber que a vida se encarrega de nos tornarmos eternos na simplicidade de apenas viver. 


 Cecilia MeirelesCecília Meireles (1901-1964) foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira voz feminina, de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estreia na literatura com o livro "Espectros". Participou do grupo literário da Revista Festa, grupo católico, conservador e anti modernista. Dessa vinculação herdou a tendência espiritualista que percorre seus trabalhos com frequência.

Solidão suma dentro do mar

Salvador Dali, 1925. 

 A gente vive uns dias de solidão, aqueles dias que nem temos vontade de sair do colchão. Dizem que felicidade é só questão de ser, mas a felicidade custa a aparecer. 

 Para espantar a dor, alguns se refugiam no amor. Mas o problema é quando o sentimento só traz mais sofrimento. 
 Talvez o mar consiga afastar todas as coisas que nos fazem chorar, por isso que temos que aprender a navegar. 
 Navegar em um oceano de paz e pensar que ''sofrimento nunca mais!''
 Muitas vezes esses dias tristes são insistentes, nos impede de estarmos contentes. Por isso sentimos vontade de navegar observando horizontes, quem sabe a sorte não está do outro lado da ponte?! 
 Um café, um livro e a brisa necessária para apaziguar nossos anseios, embora o mundo nos mostre um buraco negro sem fundo. 
 Há dores de saudade, aquela dorzinha aguda em nosso peito que samba de salto agulha em nosso coração. A saudade costuma a caminhar lado a lado com a solidão. 
 Mas não podemos parar de dançar. Como dito em uma música ''devemos ser fortes e aprender a navegar''. 
 O mar nos chama para purificar a vida com um pouco mais de calma. 
 E se ainda sim nada mudar, uma hora as coisas tendem a melhorar. 

(Erika Guedes)

Produção de crônica proposta pela professora de Língua Portuguesa. Após a escolha de uma de três imagens presentes no Movimento do Aprender, deveríamos produzir uma crônica; fosse ela poética, esportiva etc. 

Literatura em Vídeo: ''O Noivo''

  Por orientações da professora de Língua Portuguesa, os alunos das 8ªs séries produziram o ''Literatura em Vídeo''. A proposta era que os alunos se juntassem em grupos, selecionassem um conto (visando que já trabalhamos com diversos autores e diversos contos) e gravassem um pequenino vídeo retratando o conto. 
 O meu grupo escolheu o conto ''O Noivo'' da Lygia Fagundes Telles e utilizamos uma técnica semelhante a de ''stop motion''.  Selecionamos esse conto por trazer consigo um ar de mistério com que faz o leitor prender-se a história. 
 
Confira como ficou o meu ''Literatura em Vídeo'': 


domingo, 28 de abril de 2013

''O Búfalo''

Imagem retirada do Tumblr. 

 No conto ''O Búfalo'' de Clarice Lispector podemos ver a trama de uma mulher que busca algo que tenha o mesmo ''ódio'' que ela tanto sentira.
 Uma mulher no qual seu nome não é citado em nenhum momento, vai até um zoológico buscando e distribuindo apenas ódio, um ódio que surgira após não ser correspondida por seu amado, embora a mulher definisse seu sentimento por ele como ''ódio''.
 Passou por diversos animais com seu olhar carregado de um sentimento ruim na espera de que encontrasse algum que retribuísse ou demonstrasse algo semelhante ao que ela estava passando. Mas não. Todos os animais que ela havia visto continham o doce ar do amor.
 Pedia para que Deus mostrasse o ódio, que enviasse o ódio. Mas não conseguia encontrá-lo.
 Até que a mulher encontra um búfalo. Pensou no homem em que havia lhe acendido o desejo de ódio, e disse que o odiava. Olhou para o búfalo, disse que tinha ódio por ele.
 O búfalo com seus olhos pequeninos, vermelhos, intensos e carregados de ódio observava lentamente a mulher. Ao notar aqueles olhos, percebeu que havia encontrado o tal ódio que procurara e notou que o búfalo tinha um ódio que era alucinante. Sentia-se presa ao solo, sem nenhuma condição de sair daquele lugar. Aos poucos o búfalo aproximava-se pronto para seu ataque. 

 Em meu ponto de vista particular assimilei o búfalo com o homem. Ao mesmo tempo em que o búfalo trazia consigo ódio e algo que não seria bom para a mulher, ela continuara ali. Assim o mesmo com o homem. Por mais que dissesse e trouxesse consigo a expressão ''eu te odeio'', sentia algo que a prendia ao homem. Talvez, algo fatal. 

''Curumim Poranga''

 ''Curumim Poranga''

Em um chat entrei 
Vi vários nomes
Mas por um me encantei 
Fui engatando o assunto 

Descobri que índio não é só ''mato''
Não andam mais pelados, 
Agora tem camisa, calça e sapato.
Me surpreendi quando soube

Que falamos língua de índio também 
Fiquei muito impressionado 
O garoto disse que meu português tinha que ir além 

Por tudo aquilo eu nem podia imaginar
Palavras aqui e lá. 
Fantástico! Quero continuar a explorar. 


Soneto produzido através de 
orientações da professora, 
e após a leitura 
do texto ''Curumim Poranga''

Influência indígena

Imagem retirada de um site. 
   Após uma busca no livro ''Os Índios do Brasil'', pude perceber que a linguagem indígena é muito presente na língua portuguesa. 
 Palavras como Ibirapuera, pipoca, tucano, abacaxi
 Tanto em nossa cultura quanto em nossa linguagem temos a influência indígena.
 Vale a pena conhecer um pouco mais sobre os índios, que são tão semelhantes e ao mesmo tempo diferentes de nós. 

sábado, 27 de abril de 2013

Continuidade com o trabalho do livro.

Dando continuidade ao cumprimento das tarefas solicitadas pela professora, os alunos deveriam encontrar algum filme/documentário que fosse possível de assimilar ao livro. 



 O vídeo que meu trio escolheu para fazer a comparação ao enredo do livro foi  "Amazônia Eterna - Protagonista do Século XXI", mas devido alguns problemas técnicos não foi possível anexá-lo neste post, então você pode conferir aqui.  

Continuidade com o trabalho do livro.

|  N° Edição:  2264 |  05.Abr.13 - 21:00 |  Atualizado em 07.Abr.13 - 18:37

 Amor assumido após guarda dos filhos

Quando Daniela Mercury assumiu em rede social sua união com a jornalista Malu Verçosa, em segundos a notícia pipocou e à noite virou assunto no "Jornal Nacional"

por Gisele Vitória com Marina Rossi e Simone Blanes
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Quando Daniela Mercury assumiu em rede social sua união com a jornalista Malu Verçosa, em segundos a notícia pipocou e à noite virou assunto no “Jornal Nacional”. A atitude ganhou aplausos de amigos, fãs, do movimento gay e de grupos de direitos humanos. Em nota, Daniela diz que comunicou o casamento com a mesma naturalidade com que tratou suas outras relações. “Não podemos andar para trás, como os Felicianos da vida”, afirmou ela, de Portugal, em referência ao deputado Marco Feliciano. A cantora e a jornalista estão morando juntas em um condomínio de luxo no bairro de Piatã, em Salvador, na casa para onde Daniela se mudou após a separação do publicitário Marco Scabia. A história de amor seria antiga. Malu, editora da Rede Bahia, namorava a então assessora de imprensa da cantora, Fabiana Crato. A paixão teria motivado o divórcio e a mudança de Daniela de São Paulo para Salvador. No Carnaval, o romance foi descoberto, mas a discrição foi mantida. A cantora aguardava o processo de guarda dos três filhos pequenos, adotados com Scabia. Após a decisão da Justiça, o casamento foi selado com uma cerimônia íntima.
(Fonte aqui
Essa reportagem  foi escolhida pelo meu trio para ser comparada com o capítulo 6 do livro, pelo fato de ser semelhante ao que é tratado tanto no capítulo quanto no enredo do livro; pelo fato de abordar ''mudança''. 

sábado, 20 de abril de 2013

Trabalhando com o livro.

  Após os alunos lerem o livro ''Ekoaboka'' a professora Ilvanita propôs algumas tarefas que deveriam ser realizadas em trio. Uma delas foi que os alunos produzissem um soneto relacionado a algum capítulo do livro. 



''Ekoaboka''

Três meses na floresta,
A família iria passar.
Quem diria que essa aventura
Tanta mudança ia proporcionar?

A cura foi encontrada,
E Alex lá ficou.
Até Chantal a patricinha,
Parte de si por lá deixou.

Para a malária a cura era uma flor,
Para Marina as mudanças.
Para Chantal era diferente, era o amor puro como o de uma criança.

Foi uma história de amor,
De descobertas e de magia.
Mas a vida é assim mesmo, uma ekoaboka a cada dia.

Soneto feito pelo meu trio, que aborda o assunto 
tratado tanto no enredo do livro 
quanto no capítulo 6.

''Ekoaboka - Jornadas na Amazônia''

Imagem retirada de um Blog. 

Tudo começou no ano de 1972, quando um certo estudante de biologia chamado Léo participou do Projeto Rondon na Amazônia. Após a convivência com os índios, com a escassez de remédios e assistência, o desamparo estampado no rosto dos índios e a terrível malária, prometeu a si mesmo encontrar a vacina para a doença.
Léo acabou conhecendo Babu em um congresso e se tornaram amigos, e após alguns anos de trabalho e idas e vinda da Amazônia, estavam no aeroporto buscando a família de Léo. A família era um pouco diferente, composta por uma filha francesa, de mãe carioca, um filho sueco de pai também carioca, além de Txai, filho de Léo e Marina.
Eles passariam as férias de fim de ano juntos, em um barco casa, de nome Vitória Régia, na Amazônia vivendo três meses de total contato com a natureza e uma diferente cultura.
A aventura não seria um problema para Alex e Txai, porém para Chantal, uma garota urbana e muito vaidosa seria terrível ter que passar esses dias “no mato”.
Na chegada, a família ficou em um hotel, e iriam seguir viagem durante o dia, e logo ao amanhecer foram para o barco, onde habitariam.
Após se organizarem e explorarem a nova casa, todos foram fazer um passeio em uma prainha ali perto, para que pudessem começar a se adaptar ao novo ambiente em que viveriam.
Araru, um caboclo amigo de Babu, foi os guiando pelo caminho e foi apresentando alguns bichos e plantas das redondezas.
Em meio a tantas reclamações de Chantal e interesse da parte de Alex, a visita ao afluente do Rio Negro foi a prova de que tudo aquilo seria uma grande mudança.
Chantal precisava de alguém para entendê-la, então preenchia seu diário com reclamações da nova vida, mas isso iria mudar em breve.
Através de e-mails, Alex também contava as experiências que estava vivendo para seu amigo Kiko.
O mais interessado na aventura foi Alex, que saiu para explorar mais o novo local, agora sozinho. É nesse passeio que descobre um ritual indígena ocorrendo na floresta. O rapaz fica extasiado com tantos cantos, danças, cores e pinturas, e volta para o barco meio fora de si.
Enquanto isso o pequeno Txai conhece a estranha coleção de Babu, que junta besouros de todas as espécies que encontra nas noites estreladas da floresta Amazônica. Depois da descoberta, Txai caminha floresta adentro e é onde conhece Uãuã, um índio cujo nome significa vagalume.
Após tamanha curiosidade de Alex, Babu e João, um conhecedor dos índios, acompanham o garoto até a aldeia dos abakêbyra, povo do qual ele havia visto o ritual no dia anterior. Ao chegar lá, são recebidos pelo cacique Apoena, que os deu nomes indígenas de acordo com suas características.
Alex recebe o nome de Abati, que significa “aquele que tem cabelos dourados”. Ele simpatiza muito com a aldeia, assim como o cacique cria grande afeição por Abati, fazendo com que a próxima visita não demorasse.
Nesse meio tempo, acontece o réveillon. Babu faz um banquete e cria uma espécie de ritual de libertação do antigo e preparação para o que viria.
Na nova visita a aldeia, Alex é apresentado a Catu, um jovem filho de Taciatã, uma índia mediadora da tribo com Tupã, um deus para os índios.
Após conversarem, Catu convida Alex para caçar com os homens da tribo no dia seguinte e explica que a caça que fazem é somente para alimentação da tribo, pois respeitam a natureza assim como ela os respeita.
Abati dorme na tribo, pois sairiam no dia seguinte antes do sol nascer. Na primeira parada para a alimentação, o garoto percebe que um dos índios se distancia do grupo recusando o peixe e alimentando-se apenas de mandioca, mas apesar de achar estranho compreende que Curi não comia jaú, pois esse animal já havia feito parte de sua família em vidas passadas.
Durante a caça, os índios e Alex percebem a presença de uma empresa estrangeira que praticava a retirada ilegal de madeira. A atitude levou os caçadores a retornar a aldeia e relatar tudo ao cacique, para que tomasse conhecimento do fato.
Chantal já estava acostumada a ir todos os dias até a prainha tomar sol e ler as revistas de moda trazidas de Milão por sua mãe. E até Alex aparecer com Catu tudo estava comum. Chantal se apaixona pelo índio a primeira vista.
Após Alex e Catu darem alguns mergulhos no rio, o índio com nome cujo significado era “bonito”, voltou com um grande peixe em suas mãos e após o pedido negado de Chantal levar o peixe até o barco, Alex deixa os dois na prainha para levar o jantar.
Enquanto Alex não voltava, Chantal notou algo caindo ao seu redor, não se importou muito, porém não parava, até que ela percebeu que quem arremessava as pedrinhas era Catu.
Sem ao menos se despedir, Chantal vai embora indignada e ofendida. Somente após uma conversa com Alex e explicações de Catu, de que na verdade aquilo não passou de uma forma indígena de chamar atenção, a garota se entrega, beijando Catu após a tentativa de um bem-me-quer, que falhou por sua impaciência ao esperar o índio despetalar a flor.
Após esses fatos as mudanças continuam. Marina é atacada por um poraquê, um peixe elétrico e em um ritual de cura entra em contato com seu interior. E após esse contato ela consegue interpretar que necessita de mudanças em sua vida.
Txai, curioso demais, resolve brincar com Uã de caça ao tesouro, que seria a coleção de besouros de Babu. E mesmo sem querer, Txai solta alguns dos besouros de seu amigo, que ao descobrir fica chateado, mas depois de conversar com o pequeno, o desculpa.
Uã conta a Txai que seu irmão achou um enorme e raro besouro, e para se redimir da perda do tesouro de Babu, o pequeno o entrega á seu amigo que se surpreende com a nobre atitude.
Em certa noite, Chantal e Catu acabam ficando presos em uma pequena ilha após uma enorme tempestade. O ocorrido causou enorme aflição em seus parentes, pois já era noite e eles estavam sumidos.
Após um dia todo longe de casa eles aparecem, e Chantal explica tudo á sua mãe que ouve inquieta e preocupada. Sua reação não foi das melhores.
Enquanto isso, na tribo, a mãe de Catu, recebe por meio de um ritual, uma mensagem de Tupã, diferente das outras. Nela dizia que uma ponte se formaria entre Catu e algo novo, mostrava também uma planta marrom, que deveria ser entregue ao povo que havia chegado. Taciatã acreditou que a ponte seria Chantal, os separando.
Devido ao orgulho de Taciatã em manter guerra com Chantal, ela desobedece ao pedido de Tupã e como castigo o guerreiro mais forte da tribo acaba falecendo, chamando seu nome e dizendo que Tupã a perdoava.
            Taciatã percebe que se tivesse entregado a tal planta ao povo novo, o guerreiro não teria sido levado da tribo e sente-se culpada.
            Tupã então envia uma mensagem ao cacique Apoena, que questiona a atitude de Taciatã e a convida para ir com ele até o barco Vitória Régia entregar a planta como ela deveria ter feito antes.
            Chantal recebe as flores de Taciatã, sem ter a certeza de que a atitude da “sogra” era verdadeira. E é a partir deste momento que a pesquisa de Léo e Babu ganha um novo rumo com o elemento que faltava.
            Os dois se animam com o avanço e colhem mais amostras da planta que podia ser a tal cura que buscavam para a malária.
            Com o fim da aventura chegando, as escolhas deviam ser feitas.
            Alex decidiu que ficaria na Amazônia até o meio do ano, que seria a hora de voltar para fazer o vestibular. Léo voltou com a família para testar a cura em laboratórios enquanto Babu faria os contatos técnicos necessários.
            É sem dúvidas essa viagem foi repleta de ekoabokas, isso mesmo, muita mudança e transformação. Todos haviam sido marcados e a vida é isso, uma grande EKOABOKA a cada dia.




sábado, 6 de abril de 2013

''Alguém''

Imagem retirada do Tumblr.
Lucy ultimamente estava mergulhando em um mundo que ela mesma criara. Suas decisões e atitudes não correspondiam com muitas coisas. Basicamente estava se perdendo. 
 A pequenina e delicada garota, sabia o quão importante era sair daquele mundo e começar a viver de acordo com os fatos. E uma única pessoa lhe daria apoio nisto. 
 Inúmeras oportunidades de abraçar a felicidade, perdidas. Perdidas por conta do medo que assombrava seu mundo tão distante. 
 Ela precisava daquele alguém. Alguém que recolhesse suas partes quando desmoronasse. Alguém que não cobrasse nenhum tipo de palavra, apenas olhares. Lucy sabia que esse alguém não estava distante e também sabia que seus medos impediam esse tão almejado encontro. 
 Não se importava tanto com a indecisão, era suficiente aquela vontade de ter alguém para lhe dar a mão. 
 Lucy realmente não tinha muita noção do que era viver. Entretanto sabia perfeitamente que tudo ocorria como deveria ser, sem ''mas'' nem ''porém''. 
 Sentia aquele alguém tão próximo, e finalmente ao ver uma singela lágrima no rosto de um jovem, notou quem era o alguém por quem tanto esperava. 
 Por todo aquele tempo andou se perturbando com incertezas e medos. Depois que o encontrou, entendeu mais uma vez que não importava como e por que aquilo acontecera. 
 Mais uma vez havia conseguido libertar-se daquele amedrontador mundo que criara. 
(GUEDES, Erika) 

Texto desenvolvido por orientações 
da professora Ilvanita e 
leitura da letra da música ''Quase sem querer'' - Legião Urbana

''Tão longe, tão perto também''

 
Imagem retirada de um link.
Naquele domingo, eu estava indo ao shopping como de costume, saí de casa em direção ao ponto de ônibus. 

 Não demorou muito e minha condução chegou. Entrei, paguei a passagem para o cobrador e sentei-me. Na minha frente havia uma senhora em torno de seus 62 anos. 
 O trajeto era longe e em diversos momentos aquela senhora me encarava. Surpreendi-me quando ela se aproximou: 
 –  Com licença jovem, notei que em seu olhar há uma pequena chama de tristeza. Algo está te afligindo? 
 A senhora tinha uma voz serena, agradável de se ouvir. 
 Hesitei. Como uma desconhecida notara algo em meu olhar, sendo que eu escondia tão bem? Fiquei alguns segundos em silêncio. A senhora ainda me observava, então falei: 
 - Bem... Estou passando por alguns problemas complicados de serem lidados. 
 - Veja bem, minha jovem. A vida nos prega tantas peças, e muitas vezes caímos em suas armadilhas. Só não se esqueça de que existe uma pessoa em especial que sempre te acompanha e envolve seu coração em uma forma que você se tranquiliza. 
 Ouvindo essas palavras, senti a presença de minha avó que há tantos anos havia se ausentado. Não me despedi da senhora. Desci do ônibus com meu coração apaziguado.  
(GUEDES, Erika)

sábado, 16 de março de 2013

''Perdido''

Imagem retirada do site: weheartit.com
 No clarão do meio-dia, Pedro caminhava pela terra quente e seca. Tudo o que ele queria era encontrar uma sombra. Ao subir o morro, atrás das dunas  avistou uma sombra agradável. Rapidamente foi até lá. 
 Sentou-se aliviado por ter encontrado o que tanto desejara. Após alguns minutos em que estava ali, começou a se perder em pensamentos. 
 Eram pensamentos diversos, eram recordações, e não se sabe bem por qual motivo, mas seu coração se afligia ao entrar nessa reflexão.  
 Ele era quem realmente queria ser? Suas lembranças eram doces ou tão amargas a ponto de envenenar seu coração? Dentro de sí, seus segredos o atormentava? 
 Pedro tinha inúmeras perguntas para se fazer, e as respostas eram cada vez mais complicadas de serem obtidas. A tarde estava acabando, mas continuava sentado, refletindo.
 Nas lembranças, haviam dúvidas e nas dúvidas, medos. Desejava que algo lhe mostrasse que tudo aquilo valia a pena, que realmente ser ele, valia a pena. 
 A noite havia chegado repentinamente, Pedro decidiu ir para a casa. 
 Dentre as sombrias ruas, foi capaz de ouvir: 
  Por favor, me liberte. Dói viver preso com seus medos. Bobagem todo esse veneno de mágoas. Não me afogue nisso. Não me deixe morrer. Pois eu, sou quem realmente você é, ou quem você deixou de ser há um bom tempo.           

(GUEDES, Erika.) 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Clarice Lispector


Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, pequena cidade localizada na Ucrânia. Sua data de nascimento mais provável é 10 de dezembro de 1920. Veio para o Brasil ainda quando muito pequena, e assim acabou se naturalizando como brasileira. 
 Foi criada em Maceió e Recife e aos seus 12 anos foi para o Rio de Janeiro. Formou-se na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além de também ter trabalhado como jornalista, foi no Rio de Janeiro onde começou sua carreira literária. 
 Casou-se com um diplomata brasileiro e em função disto, viajou por diversos cantos do mundo. 
 Foi uma mulher de beleza indescritível e talento incomparável. Mesmo depois de seu falecimento, em 1977, continua sendo reconhecida e admirada por inúmeras pessoas. 




"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."



segunda-feira, 4 de março de 2013

''Felicidade Clandestina''



 Neste conto de Clarice Lispector é passada ao leitor a história de uma garota diferente e apaixonada por livros. 
 Uma ''colega'' de sua escola era filha de um dono de livraria e a mesma adorava humilhar as outras meninas pelo fato de ter qualquer livro que tivesse vontade. 
 Tão apaixonada por livros a garotinha implorava para que a outra lhe emprestasse um livro que tanto ansiava ler. 
 Com falsas promessas, a sortuda filha do dono da livraria, sempre dizia que emprestaria tal dia o livro, porém esse dia se adiava sempre. Até que a mãe  descobriu a brincadeira de mal gosto que a filha fizera, e então fez com que a garotinha fosse presenteada com o livro que desejara. 
 Feliz por ter conseguido finalmente o livro, a menina estava mais apaixonada por livros e o mundo por trás deles, ou em outras palavras: ''Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.''
Livro da autora com o mesmo titulo do conto citado na síntese acima.

domingo, 3 de março de 2013

Entrevista com Clarice Lispector


  Esta é a entrevista completa com Clarice Lispector, a mesma que assistimos apenas um trecho na sala de aula. 
 A autora concedeu a entrevista em 1977, mesmo ano de sua morte. É perceptível que Clarice diversas vezes demora para responder o entrevistador e geralmente responde com palavras monossilábicas.
 A mesma citou que naquele dia, estava cansada e triste, porém geralmente não era assim. Naquele ano, já estava com câncer, e como dito, foi o ano de sua morte. 
 O seu sotaque era diferente, um pouco nordestino, tanto como carioca. Muitos dizem que também havia influência de sua natalidade, Ucraniana. Mas, era apenas uma pequena deficiência que Lispector tinha: língua presa. 
 Achava mais simples escrever e se comunicar com crianças, pois os adultos eram muito parecidos consigo mesma, e difíceis de serem lidados. Durante a entrevista, Clarice Lispector disse que quando não escrevia era o mesmo que estar morta. 
 Não se considerava uma escritora profissional, e escrevia simplesmente por prazer. 
 Viajou muito para o exterior, por conta de seu casamento com um diplomata brasileiro. Morou em Recife e Maceió, logo depois no Rio de Janeiro, mesmo local onde faleceu.