terça-feira, 22 de outubro de 2013

Poesia II

 Retornamos novamente à biblioteca para continuarmos com os poemas. Desta vez a minha escolha foi um poema de Vinicius de Moraes


Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento 

Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento. 

E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 

Eu posso me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 


Um amor, onde milhares de sentimentos estão envolvidos, onde as palavras são tão sinceras ao ponto de não haver o que as defina. E um amor é eterno em cada instante que durar. E ''Soneto de Fidelidade'' é um poema que trago em meu coração por ter me cativado em casa verso.


 Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de Ipanema", feita em parceria com Antonio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Foi também diplomata e dramaturgo.

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